quinta-feira, 25 de junho de 2009

Travessia



A tristeza é assim:
um porto no meio do nada,
morto.
Um aparato técnico Mengueliano.
Um tormento inquisitório.
Um flagelo lento.

Ela aparece
incômoda,
na carne nova
recém - exposta,
nas delícias de outras,
onde se perdem as horas.

O que fazer?
A escolha:
desterro auto-imposto
estrangeira em outras
terras,
me exilo de ti,
das tuas promessas
vontades e prazeres
para te fazer livre.

Mas, para sempre
na tua ausência
chorarei por ti,
Naquele porto no meio no nada,
morto.

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